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O NAVIO EMPIRE WINDRUSH E O CALYPSO DE LORD KITCHENER a música e a“chegada” do racismo na Inglaterra



[Prefácio] Da tradução do panfleto REVOLTA, NÃO TRABALHO! Escritos sobre os levantes de Brixton em 1981 [que deve ser lançado em breve aqui na IK] foi disparada uma pesquisa sobre a produção musical extraordinária que aconteceu nas periferias da Inglaterra na segunda metade do século XX e sua relação com os processos de formação social capitalista naquele lugar e época. Podemos dizer nesse contexto que as cenas do ska 2-tone e do reggae-punk populares no fim dos anos 70/início dos 80 são filhas legítimas da primeira geração de trabalhadores negros, originários das colônias inglesas no Caribe, que aportaram em Londres após a Segunda Guerra.


O texto a seguir, escrito ontem pelo nosso amigo Bruno Xavier, que discute os ruídos críticos entre o ritmo calipso e o racismo inglês, vem curiosamente ao ar no mesmo dia que marca os 72 anos do desembarque dos passageiros do navio Empire Windrush nas docas de Tilbury, no rio Tâmisa, norte de Lãndãn - e esse dado da efeméride não foi planejado!


No tempo em que as coisas forem acontecendo, continuaremos trazendo aqui mais materiais elaborados entre música e texto.


IK

22/06/2020

 

O NAVIO EMPIRE WINDRUSH E O CALYPSO DE LORD KITCHENER

A música e a “chegada” do racismo na Inglaterra


Bruno Xavier, especial para IK.


Em junho de 1948, desembarcava na Inglaterra um dos maiores representantes do Calypso de todos os tempos. Ele ficou conhecido pelo nome Lord Kitchener e sua misteriosa chegada à bordo do navio Empire Windrush representa um marco para a influência negra na música produzida na Inglaterra a partir daquele momento. Não só na música, entretanto, a chegada do navio e do que ficou conhecido como a “Windrush Generation”, seria um divisor de águas para a sociedade britânica, elevando o tom dos embates raciais que ganham força dali em diante.


O Ato de Nacionalidade Britânico de 1948 foi uma tentativa de definir o que é “ser britânico” através da lei. Esse ato reafirmou direitos que as Common Law inglesas já tinham definido há séculos, mas que agora permitiam que os indivíduos da então recém formada Commonwealth (A Comunidade Britânica das Nações que seguem subordinadas à Coroa inglesa) circulassem livremente entre as nações do Império Britânico e escolhessem, sem restrições, onde quisessem viver. Na letra da lei, o ato de 1948 dava direitos iguais a todos os povos da “Commonwealth” (de países de população negra, branca ou amarela), porém, nas entrelinhas, o que de fato se buscava era um fortalecimento dos laços comerciais e populacionais das antigas colônias que possuíam população predominantemente branca, como Canadá, Austrália e Nova Zelândia. O que a burocracia inglesa daquele momento não imaginava, entretanto, é que a população “black and brown” proveniente da África, Ásia e das Índias Ocidentais (marcadamente os países do Caribe) usaria desses mesmos direitos incluídos no Ato de 1948 para migrarem para a “Mother Country”, onde se estabeleceria nas grandes cidades, inserindo-se como mão de obra barata dentro de uma Inglaterra mergulhada na reconstrução do pós Segunda Guerra Mundial. E os primeiros a exercerem esse direito foram os ex-soldados negros que já tinham estado na Inglaterra lutando para garantir a sobrevivência da Coroa contra os nazistas.

Antes de ser propriedade da Coroa britânica, o Empire Windrush havia sido um navio de guerra nazista. Originalmente chamado MV Monte Rosa, foi construído entre 1924 e 1931 para servir à companhia Hamburg Süd em suas rotas comerciais com a América do Sul, inclusive levando imigrantes alemães para a Argentina. Mas com o estabelecimento do regime nazi e a deflagração da guerra, foi usado para o transporte de tropas do Terceiro Reich, assim como para a deportação de judeus em rota nórdica, tendo como destino final Auschwitz. Já no fim da guerra, em 1945, a marinha britânica tomou o navio de assalto no porto de Kiel, e acabou ficando com ele como prêmio de guerra. Assim, o rebatizou de “Empire Windrush”, quer dizer: “Ventania do Império”. Mas “Windrush” poderia também ser interpretado como “a corrida dos West Indies”, como as abreviações nos indicam e como os ventos que sopravam nessa época nos fazem entender.


Nos fins de 1947, o Empire Windrush encostou nos portos ingleses, com o intuito de levar de volta aos seus países de origem os soldados negros sobreviventes da Guerra, já desmobilizados pelo fim dos combates. Contudo, depois de fazer a viagem -- e para não voltar vazio para a Inglaterra após o serviço de “delivery” em terras tropicais daqueles que o Reino Unido já não precisava mais --, o “staff” do mesmo navio fez um anúncio no jornal de Kingston (capital da Jamaica), oferecendo passagens para a Inglaterra no valor de 28 libras esterlinas. Os quatro meses que passou aportado no Caribe foram suficientes para que os antigos soldados percebessem que não haveria tanta oportunidade de emprego na Jamaica. Outros conterrâneos também embarcaram na ideia. Era preciso tentar a sorte!

Ainda em águas caribenhas, o Empire Windrush já amedrontava a Coroa pela promessa do refluxo negro para a capital do Império, e um telegrama do dia 11 de maio de 1948, enviado em caráter de urgência desde a Administração do Governo Colonial na Jamaica para o Escritório Colonial na Inglaterra, alertava a sede do império sobre más notícias. Ele dizia:



"Eu sinto muito em informá-los que mais de 350 passagens da terceira classe do Windrush foram reservadas por homens que sonham em encontrar emprego no Reino Unido, e que, provavelmente, esse número crescerá pelo menos em mais 100 até o dia do embarque. A maior parte deles não tem habilidade específica alguma e pouquíssimos terão pouco mais de algumas libras nos bolsos quando desembarcarem na Inglaterra."



Como uma maldição nazista incorporada pelo navio de guerra alemão, a Inglaterra teria agora de lidar com o racismo inerente à sua própria formação histórica. Exposto pelo caso Windrush, a Inglaterra deixa claro que sempre desejou que seu território fosse tão “puro” quanto o desejo que Hitler tinha para o território alemão. A Inglaterra acabara de derrotar Hitler com o final da Segunda Guerra. Mas os desejos de Hitler e Churchill (e os sucessores deste último) não eram tão diferentes entre si. O racismo provava-se não um “desvio” de governos declaradamente autoritários, mas a estrutura social na qual as grandes potências mundiais desenharam suas políticas de inserção na economia global. Durante a viagem de volta do navio, o governo inglês já havia indicado que o Windrush significaria, sem dúvidas, uma “invasão hostil” sobre o território britânico e solicitou, através do Comitê de Políticas Econômicas do Governo, que o navio fosse desviado, antes mesmo do desembarque, para as colônias na costa leste africana, onde esses imigrantes poderiam encontrar trabalho nas plantações de amendoim existentes por lá. Isso, felizmente, nunca aconteceu.


Ao contrário do que dizia o telegrama do governo, desesperado com o desembarque dos negros caribenhos na “Mother Country”, documentos posteriores mostraram que os passageiros do Windrush eram, em sua maioria, qualificados para os mais diversos tipos de trabalhos: enfermeiros, carpinteiros, encanadores, engenheiros, eletricistas, construtores, operadores de máquinas etc. Além disso, tinham o inglês como primeira ou segunda língua, uma vez que vinham todos das então colônias do império britânico. Mesmo assim, dispositivos legais de 1947 foram acionados para que se priorizasse a imigração de populações deslocadas dos Balcãs, Itália, Iugoslávia e comunidades alemãs que, antes da Guerra, já moravam em outras partes da Europa Central. Não pára por aí. Entre as centenas de milhares de brancos que foram convocados para incorporar a sociedade inglesa no esforço de reconstrução do país após cinco anos de confrontos, estavam também ex-prisioneiros de guerra da Alemanha e da Ucrânia. E entre esses, milhares de antigos membros da “SS” alemã, acusados por crimes no “front” leste da guerra. Portanto, foi parte da política oficial do governo britânico dar preferência às populações que lutaram contra o Reino Unido (mesmo com o referido histórico e com uma taxa bastante pequena de pessoas que falavam inglês) ao invés de privilegiarem os antigos veteranos de guerra da Coroa que provinham dos países do Caribe, pelo simples fato de serem negros. A estes, foi dada uma condição de permanência precária no país, permitindo a reivindicação traiçoeira feita em 2014 pela Theresa May -- engrossando o caldo do que ficou conhecido como “hostile environment” [ambiente hostil] aos imigrantes -- para que deixassem o país, pois haviam chegado há 70 anos e ainda não tinham os papéis que só agora exigiam. Ao invés de “cidadãos britânicos”, ficaram estigmatizados, desde o começo, como “a ameaça negra” (“the black threat”). Aos demais, membros da “SS” e outros rostos brancos vindos de toda a Europa, foi incentivado o afluxo através do programa EVW (European Volunteer Workers), recebendo, já na chegada, carta de permanência e todos os documentos para se tornarem membros definitivos e legítimos da sociedade inglesa, sendo “completamente absorvidos dentro da população trabalhadora local”, afirmavam os documentos oficiais.


Na terça-feira, dia 27 de maio de 1948, parte, portanto, de Kingston para o Reino Unido, o navio que mudaria para sempre a sociedade inglesa. Ele dá início a uma gigantesca onda imigratória que durou mais de 20 anos e que expôs internamente para a população inglesa todas as contradições do Sistema Colonial do além-mar construído durante os 400 anos anteriores.

No dia 22 de junho de 1948, os passageiros à bordo do Empire Windrush começaram o desembarque em Londres. Entre eles, o motivo de toda essa crônica: Lord Kitchener. O Calypso King, originário de Trinidad e Tobago, estava à bordo do navio que vinha da Jamaica. Ele foi entrevistado e já apresentado ali, ainda no convés, como o “Rei do Calypso”. Bonito, estiloso e perspicaz, ele cantou ao repórter que entrevistava os imigrantes a música London is the place for me. Ali mesmo, ainda dentro do navio, sem nunca antes ter pisado nas terras da Coroa! Só mais tarde se entenderia a acidez dessa música. À primeira vista, parecia apenas ser a melhor companhia melódica para o desembarque em Londres. Esse encontro da Inglaterra com o Calypso ficou registado numa reportagem de época. Nesse mesmo dia, no aeroporto de Heathrow, chegavam Alfred Hitchcock e Ingrid Bergman para filmar um longa metragem em Londres. Essa coincidência da História foi registrada no pequeno filme da agência de notícias audiovisuais British Pathé:

 
 

Nascido como Aldwin Roberts, em Trinidade e Tobago, o músico incorporaria para si o nome de um famoso general inglês da Primeira Guerra Mundial, conhecido por fazer o recrutamento de soldados que flertariam, mais facilmente que o restante do exército, com a morte. Os “sacrificiáveis”, em sua maioria vindos das colônias das Índias Ocidentais [West Indies], eram enviados para as linhas de frente das batalhas. Além disso, Lord Kitchener -- o general -- foi também o responsável pelas instalações dos campos de concentração na Guerra dos Boer, na África do Sul. Ironicamente, sob o batismo musical de Lord Kitchener, ele dava as boas vindas e tornava mais calorosa a chegada dos caribenhos na Inglaterra. Lord Kitchener, o músico, “recrutava” agora a população negra das West Indies para a linha de frente da reconstrução nacional, que se dava nos empregos que os brancos não queriam pegar.


O disco que leva o nome da música que Lord Kitchener anuncia ainda do navio (London is the place for me) é uma incrível mistura do Calypso, chegado direto do Caribe, com um filtro de jazz feito pelos estúdios londrinos que o gravaram, provavelmente com o intuito de torná-lo mais audível aos ouvintes das rádios, já tão acostumados com a influência da música norte-americana. Quase todas as músicas flertam com a questão racial, em alguma medida, ou com sátiras à vida inglesa da época. Por exemplo, a segunda música do disco descreve a coroação da Rainha (ainda a mesma...) e fala das milhões de pessoas que acamparam nos lugares estratégicos por onde passaria a procissão da Coroa, recheada de símbolos militares das colônias inglesas. Na terceira música ele exalta o fato de o casamento entre as diferentes raças ter se tornado um pouco mais comum. Na quinta música, Kitch cita na letra vários nomes do bebop americano e menciona o Afrobeat. A sexta faixa comemora a primeira vitória do time de cricket das West Indies sobre a Inglaterra. A faixa sete é uma ode ao dia 06 de março de 1957, dia que Gana se tornou independente da Inglaterra. E assim vai em mais outras tantas faixas, gravadas por Kitch e por outros parceiros do Calypso, com nomes, por exemplo, como “No carnival in Britain”, “The Underground Train”, “Bulldog don’t bite me”, a sensacional (!!!) “If You´re Not White, You’re Black”, “Jamaica Hurricane”, entre outras.



Mas cabe retornarmos aqui à conversa sobre a primeira canção do álbum: London is the place for me:. Na Inglaterra são famosas as duas primeiras estrofes da música. E em muitas gravações, ou apresentações musicais onde o governo britânico esteve presente, omitiu-se a última estrofe, responsável pelo salto que o eu lírico faz na história. A última parte permite que a interpretação da letra deixe de ser uma ode do imigrante que estaria vislumbrado e satisfeito com a vida no império e passe a ser uma crítica à impossibilidade da vida em Londres. Melhor dizendo, nas palavras de Lord Kitchener: Sim, eu não posso reclamar do tempo que gastei / quer dizer, minha vida em Londres é realmente magnífica / eu tenho todo o conforto e toda a diversão / e a minha residência é a Corte de Hampton / portanto, Londres é o lugar para mim. Ou seja, Londres é um bom lugar para se viver, desde você viva nas acomodações da Corte Real.


London is the place for me

London this lovely city

You can go to France or America

India, Asia or Australia

But you must come back to London city.


Well believe me I am speaking broadmindedly

I am glad to know my Mother Country

I have been travelling to countries years ago

But this is the place I wanted to know

London that is the place for me.


To live in London you are really comfortable

Because the English people are very much sociable

They take you here and they take you there

And they make you feel like a millionaire

London that's the place for me.


At night when you have nothing to do

You can take a walk down Shaftesbury Avenue

There you will laugh and talk and enjoy the breeze

And admire the beautiful scenery

Of London that's the place for me.


Yes, I cannot complain of the time I have spent

I mean my life in London is really magnificent

I have every comfort and every sport

And my residence is Hampton Court

So London, that's the place for me


Kitch escreveu a música sem nunca ter pisado em solo britânico. E a registrou em mídia ainda dentro do navio Windrush, dando o pontapé inicial para a onda de imigração negra em território britânico mais importante do século XX (e que marcaria profundamente a cultura e a sociedade inglesas). Dez anos depois da chegada do Windrush, iniciam-se os levantes populares de base racial, sendo o mais conhecido deles a revolta de Brixton, ocorrida em 1981. As revoltas surgem e ressurgem, posto que na base da sociedade estão os problemas que seguem inalterados. No final dos anos 1950, o dilema daqueles que desenhavam as políticas públicas continuou exatamente o mesmo à época do desembarque do primeiro navio, em 1948: como diminuir a imigração negra sem impedir a entrada de imigrantes brancos, e sem parecer que nisso residisse um movimento discriminatório contra os caribenhos? Durante a segunda administração de Churchill (1951-55) como primeiro ministro, ele surpreenderia colegas congressistas ao sugerir que usassem como slogan das próximas eleições uma expressão que rogava pelo embranquecimento da população: Keep Britain White (Mantenha a Inglaterra Branca). Tornado mais explícito do que nunca, o desejo fascista de uma Inglaterra “pura” salta dos porões do governo, e das entrelinhas disfarçadas das políticas públicas, direto para a boca da população branca e para os muros de toda a cidade, onde se via, com frequência, as iniciais “KBW” pintadas por toda a parte. A primeira revolta, em 1958, abre a caixa de pandora da sociedade inglesa e expõe os problemas das colônias que brotavam agora por dentro do império.













Mesmo com toda a atmosfera de hostilidade, rumores de que haveria um “cut off date”, ou seja, um dia limite a partir do qual nenhum imigrante mais poderia entrar no país, fizeram com que a Inglaterra visse as taxas de imigração crescerem como nunca. No ano de 1958, aproximadamente 15.000 imigrantes das colônias do Caribe chegaram ao país; em 1959, 21.000; em 1960, 27.000. Durante todos esses anos, tanto os governos de direita como os ditos mais progressistas (do Partido do Trabalho) tinham uma mesma meta, colocada como meta de Estado: eles deveriam resolver “o problema da raça”. Mas foi só em 1962, que o governo dos conservadores encontra uma solução para o “problema”, a partir de um método de controle da imigração possível de ser executado sem discriminar os imigrantes ostensivamente. Eles criaram três categorias de enquadramento para imigrantes que viriam de todos os lugares do mundo: 1) Trabalhadores altamente qualificados; 2) Trabalhadores qualificados ou não, mas com emprego garantido antecipadamente e 3) Trabalhadores sem qualificação e sem garantia de emprego. Os trabalhadores da categoria 3 teriam imensas dificuldades em conseguir a emissão dos papéis. Aqui, planejava o governo, estaria a maior parte dos “coloured workers”.



O caldo cultural promovido pelas dificuldades de inserção da população negra na vida cotidiana de Londres, bem como pela aceitação contraditória dos “West Indians” pela população branca londrina, é um dos fatores responsáveis pelo surgimento e desenvolvimento do Calypso inglês que vimos com o Lord, do Ska, do Punk etc. Mas nem tudo gerou deleite auditivo dentro da indústria cultural inglesa. Ressurgem também os movimentos de direita, as demonstrações fascistas, por exemplo, do National Front e da versão desviada dos Skinheads tradicionais, e uma polícia que vê a necessidade de se constituir essencialmente racista. Tudo isso fazendo par com uma política econômica que tinha a eles próprios como alvo a serem derrotados. Margareth Thatcher teria dito uma vez, com sua voz calma e plácida, que a população estava com medo e que o país estaria sendo inundado por pessoas de muitas culturas diferentes. Disse ainda que isso deveria ser evitado para se preservar a cultura britânica, uma vez que esta teria feito tanto à história da civilização. Precisamos apenas conhecer um pouco de Lord Kitchener ou dos detalhes da viagem do Windrush para que toda a narrativa do neoliberalismo de Thatcher ou de uma civilização constituída dentro do sistema colonial de base escravista caia por terra.


A foto de capa do álbum London is the Place for Me mostra, em primeiro plano, um homem branco, um provável funcionário de uma linha de trem ou de um porto. Ao fundo, está uma família negra, acuada pelas próprias bagagens de viagem contra um muro de construção sólida. Todos parecem estar numa plataforma de embarque/desembarque. Todos ali enfrentarão as misérias da reconstrução do pós Guerra, no coração do império britânico.


Segue aqui o álbum para escuta!

Boa viagem!


 

[Epílogo] Em 28 de março de 1954, o Empire Windrush, retornando de uma viagem que havia passado por Hong Kong, Japão, Singapura e Suez, levando funcionários do império britânico de volta à Inglaterra, pegou fogo no mar Mediterrâneo, a 20 milhas de Argel, a caminho do estreito de Gibraltar.

Havia mais de 1200 passageiros à bordo, 4 engenheiros morreram na explosão.



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