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A morte da natureza: mulheres, ecologia e a revolução científica

Carolyn Merchant

 

A morte da natureza: mulheres, ecologia e a revolução científica apresenta uma pesquisa filosófica num amplo arco histórico para reconstituir as imagens da natureza, que abundam na filosofia pré-socrática, em Aristóteles e na filosofia neoplatônica, na Idade Média, no Renascimento e na Modernidade. Poetas da Antiguidade grega fazem referência à natureza como uma grande mãe generosa a quem os homens deveriam devoção, assim como a natureza sacralizada que aparece na literatura e na poesia do período renascentista. Analogias surgiam aproximando a prata de raízes, o orgânico e o inorgânico se misturavam como se tudo pudesse ser explicado pela gênese transformadora e mutante da natureza e pela transmutação dos elementos. O paradigma medieval do organicismo que orientava a alquimia colocava a natureza e os humanos dentro de uma relação necessária, assim como a literatura da utopia ecológica da Cidade do Sol (1623) e de Cristianópolis (1619), ao apresentarem ideais de comunidades integradas entre humanos e natureza, utilizando da metáfora orgânica para pensar a sociedade. Contudo, o modelo ecológico/organicista da Idade Média deu lugar ao modelo mecanicista da filosofia moderna. Mais que isso, o mecanicismo rechaçava o modelo organicista em nome da ciência, da lógica e da filosofia, que, como quis Descartes, deveria se constituir como ciência primeira. Este livro relaciona, ao mesmo tempo, a exploração ambiental ao triunfo epistemológico do mecanicismo, e as qualidades da natureza que justificaram sua exploração à diferenciação ontológica das mulheres que fundamenta a desigualdade de gênero.

 

- do prefácio de Maria Fernanda Novo

A morte da natureza: mulheres, ecologia e a revolução científica - C. Merchant

R$ 85,00Preço
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  • COEDIÇÃO: Expressão Popular

    EDIÇÃO: Allan de Campos Silva e Miguel Yoshida
    TRADUÇÃO: Allan de Campos Silva; Ana Carolina Gonçalves
    Leite; Bárbara Baracho; Bruno Xavier; Cássia Fellet; Gabriela
    Fellet; Júlia Giorgi Mariano; Mariana Hope Sartori; Mayara Araújo
    de Assis; Priscila Ambrósio Moreira; Rafael Afonso Silva
    REVISÃO DA TRADUÇÃO: Allan de Campos Silva e Marina
    Manganotte
    PREPARAÇÃO: Marina Manganotte
    REVISÃO FINAL: Lia Urbini
    ILUSTRAÇÃO E CAPA: Revista Comando
    PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO: Marina Manganotte
    PREFÁCIO: Maria Fernanda Novo
    TEXTO DA ORELHA: Alana Moraes

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